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Censo da população de rua é uma das principais metas, diz Dr. Lívio após audiência pública

19.03.2019 · 12:00 · Vereador Dr. Lívio

“Saber exatamente quantas são e quem são as pessoas que hoje vivem nas ruas de Campo Grande é o principal ponto a ser realizado”. Essa é a conclusão do vereador Dr. Lívio (PSDB), presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara de Vereadores e proponente da audiência pública “Construção de Políticas Públicas para o Tratamento Humanizado dos Dependentes Químicos e Moradores de Rua”, realizada no dia 15 de março.

De acordo com dados do Conselho de Segurança do Centro, que participou da audiência, só na região central vivem 300 pessoas nessa condição. As estatísticas também dão conta de que o número de vagas para atender os dependentes químicos pela rede municipal de saúde é insuficiente. São apenas 100, conforme relatou Barbara Cristina Fernandes Rodrigues, da Coordenadoria de Proteção à População de Rua e Políticas sobre Drogas, da Subsecretaria de Direitos Humanos da Capital.

Questionamentos por parte das comunidades terapêuticas presentes à audiência, que falaram da luta para manter atendimentos voluntários; depoimentos de quem já viveu o drama de morar na rua e hoje se encontra reinserido no mercado de trabalho, em sala de aula e com família; abordagens psiquiátricas sobre a necessidade de leitos para desintoxicação dos pacientes, que pode levar até dois meses, dependendo do caso, e deve ser o primeiro passo segundo especialistas, fizeram parte da discussão que reuniu representantes do judiciário, executivo e legislativo, além da sociedade civil e das polícias militar e civil.

“Também falamos sobre os prós e contras a internação compulsória, mas ainda estamos começando nessa discussão toda”, disse Dr. Lívio. O tema foi esclarecido pela defensora pública, Eni Diniz, que disse existir uma lei federal que prevê tal procedimento, dependendo da situação. “Precisamos de tratamento sério para que essa pessoa volte a ter a dignidade que merece”, complementou o médico psiquiatra Marcos Estevão Moura, do Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas do Estado.

Tentar ampliação de vagas para tratamentos dos dependentes químicos, especialmente de adolescentes, onde existe uma demanda muito necessária e há maior dificuldade, é outro encaminhamento da audiência pública. “A Secretaria Municipal de Saúde nos sugeriu também que fossem instalados banheiros químicos e lixeiras no centro da cidade, onde há maior concentração de pessoas em situação de rua. E a Defensoria Pública que seja instalado um Centro de Atenção Psicossocial, na mesma região”, concluiu Dr. Lívio ao analisar como “qualificada” a discussão que envolveu representantes de diversos setores, com diferentes visões e que trouxe depoimentos pessoais importantes.

Assessoria de Imprensa do Vereador