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Profissionais apresentam benefícios das práticas integrativas em seminário na Câmara

22.02.2019 · 12:00 · Eventos

Seminário que aconteceu nesta sexta-feira (22), na Câmara Municipal de Campo Grande, oportunizou que vários profissionais da área da saúde pudessem compartilhar conhecimento, vivenciar benefícios e técnicas das práticas integrativas e complementares. Musicoterapia, homeopatia, capoterapia e arteterapia foram alguns dos temas apresentados no evento.   

O Seminário “Práticas Integrativas e Complementares no SUS: estratégias para seguir avançando” ocorreu durante todo o dia na Casa de Leis e 330 pessoas se increveram. As palestras também foram transmitidas pelo Facebook da Câmara Municipal. A ideia é mostrar como essas práticas podem auxiliar na prevenção e tratamento de diversas doenças. Por isso, a importância de fomentar que, cada vez mais, possam ser ofertadas na rede pública de saúde. 

O vereador Dr. Lívio, que articulou junto à Mesa Diretora a realização do seminário na Casa de Leis, destacou que o Poder Público precisa ampliar as práticas complementares e fundamentais dentro do contexto da saúde, deixando de lado apenas o modelo medicamentoso, buscando novas alternativas. “Temos vários relatos sobre os benefícios da massoterapia, da terapia floral, da capoterapia e várias outras práticas que ajudaram pessoas que estavam depressivas e proporcionaram benefícios gigantescos”, afirmou.  

Apesar do reconhecimento sobre esses ganhos para a saúde, poucas dessas práticas estão disponíveis na rede pública de saúde de Campo Grande. Homeopatia e acupuntura são algumas das opções. Outras delas são oferecidas em entidades assistenciais, ações do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e aos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS). 

Por isso, o vereador Dr. Lívio destacou a intenção de buscar ao final do seminário proposições para subsidiar a criação de Frente Nacional Parlamentar para atuar junto ao Governo Federal e ampliar a oferta das práticas integrativas e complementares no SUS. Ele mencionou que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, implantou a homeopatia na rede pública da Capital quando foi secretário. Deputados federais e senadores de MS, além de deputados estaduais devem participar dessa frente para ampliar as discussões sobre o tema. 

Benefícios

Na abertura do evento, a musicoterapeuta Mônica Deiss Zimpel demonstrou aos participantes como a música pode ser usada para avanços na saúde. “A música envolve a pessoa como um todo, toca seu emocional em todos os momentos marcantes da vida, desde as canções de ninar. Por isso, usamos a música para a saúde. A música altera respiração, altera pressão arterial e até os quadros de humor”, disse. 

Ela mencionou que a neurociência já demonstrou, por meio de estudos, que uma das últimas coisas que vai embora da memória é a música e, por isso, a técnica está sendo aplicada a pacientes com Alzheimer. Também é aplicada com idosos, autistas auxiliando no cognitivo e coordenação motora.

A secretária municipal de Antônio João, Patrícia Marques Magalhães, relatou a experiência de como as práticas integrativas estão sendo aplicadas no município. “O custo-benefício é fundamental, tivemos redução de 30% na dispensa de medicamentos. Os pacientes contam melhoria na qualidade do sono, diminuição da ansiedade”, afirmou. 

Profissionais da saúde, acadêmicos e integrantes de entidades que utilizam essas práticas participaram do evento. A fisioterapeuta Rosy Faria Miranda já pratica massoterapia e reflexologia há 28 anos e participou do seminário nesta sexta. “É importante compartilharmos experiências profissionais e até mesmo nos unirmos para fortalecer as práticas. O poder público não pode apenas pensar em curar a doença, mas evitar que as pessoas adoeçam. Essa é a luz da saúde”, disse. 

Já a psicóloga Sylvia Aparecida Feitosa assistiu ao seminário para conhecer as práticas. “Já me interessei pela musicoterapia e pretendo buscar mais informações”, afirmou.   

Práticas no Brasil 

Na lista de práticas reconhecidas pelo SUS constam Apiterapia, Aromaterapia, Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Dança circular, Geoterapia, Hipnoterapia, Homeopatia, Imposição de mãos, Medicina antroposófica/antroposofia aplicada à saúde, Medicina Tradicional Chinesa – acupuntura, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Ozonioterapia, Plantas medicinais – fitoterapia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Terapia de florais, Termalismo social/crenoterapia e Yoga.

Em 2006, o Ministério da Saúde reconheceu a importância de atividades que auxiliam ou mesmo atuam como complemento em tratamentos de saúde por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas do SUS, o tratamento clínico e medicamentoso passou a ser auxiliado por atividades terapêuticas, reduzindo o uso de medicamentos alopáticos, e promovendo melhores resultados no complemento a tratamentos de saúde.

No primeiro momento foram reconhecidas 19 atividades terapêuticas e em agosto de 2018, o Ministério da Saúde reconheceu mais 10 práticas que passaram a incluir a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, sendo atualmente reconhecidas 29 diferentes atividades.

 

Milena Crestani 

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal