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Representante da COESUS pede que vereadores impeçam uso de fracking para extração do gás de xisto

21.06.2018 · 12:00 · Palavra Livre

A representante do Movimento Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS) e coordenadora da equipe 350.ORG Brasil, Suelita Rocker, usou a Tribuna na sessão ordinária desta quinta-feira (21), para discorrer sobre o Movimento e sobre a Moratória do Gás de Xisto no município de Campo Grande-MS. O convite foi feito pelo vereador Eduardo Romero.

Na ocasião, Suelita Rocker apresentou dois vídeos que explicaram como funciona a extração do gás de xisto com a técnica do faturamento hidráulico ou fracking e seus danos para o meio ambiente. Um dos dados prejudiciais ao meio ambiente apresentado foi referente à alteração dos números de terremotos nos Estado Unidos que seria reflexo da ação da maneira como está sendo feita a extração do Gás de Xisto.

“É inegável a contaminação através desse processo. A Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP) leiloou 17 estados do nosso território, 26 cidades daqui do nosso estado, sendo que 17 cidades foram leiloadas em 2017 e 9 cidades foram leiloadas em 2018. Então temos um problema inerente, mas cabem sugestões e ações para remediar para que esse método de extração não chegue ao nosso município”, explicou.

Segundo Suelita, os vereadores podem apresentar um projeto para barrar o processo de extração no município. “Afinal são mais de 700 produtos químicos cancerígenos que estariam sendo transportados em vias municipais, a sugestão é para que os vereadores apresentassem uma proposta para não deixar chegar no município de campo grande uma situação tão escandalosa e preocupante para a saúde das pessoas e para questão ambiental, fica aqui a nossa sugestão, a COESUS se coloca a sugestão para auxiliar na parte técnica”, assegurou.

Os municípios sul-mato-grossenses com áreas já ofertadas em leilão pela ANP são: Água Clara, Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Campo Grande, Deodápolis, Ivinhema, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Santa Rita do Pardo, Taquarussu, Três Lagoas, Alcinópolis, Bandeirantes, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica, Inocência, Rochedo e São Gabriel do Oeste.

Faturamento Hidráulico ou Fracking

O fraturamento hidráulico, também conhecido como “Fracking”, é utilizado para realizar perfurações e extração de gás, o chamado gás xisto. A técnica do fraturamento hidráulico perfura o subsolo vertical e horizontalmente, chegando muito próximo de fontes subterrâneas de água, onde é injetado milhões de litros cúbicos de água misturada com centenas de produtos químicos, cuja pressão causa fraturas que liberam o gás. A técnica não só contamina águas superficiais e reservas subterrâneas, como também o solo e o ar, além de agravar o aquecimento global, uma vez que libera o metano, um dos gases causadores do efeito estufa.

Assessoria de Imprensa