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Veterinário Francisco propõe proibição de fornecimento de copos e canudos de plásticos

25.03.2019 · 12:00 · Vereador Veterinário Francisco

Tomar uma cerveja, refrigerante ou um suco natural bem gelado não tem coisa melhor, mas não precisa beber em um copo descartável. O comércio já tem alternativas para substituir o copo descartável por outros com material biodegradável, como papel, ou aqueles que podem ser lavados. E para combater ou pelo menos amenizar essa poluição provocada pelo uso de canudos e copos descartáveis de plástico comum o vereador Veterinário Francisco (PSB) fez uma emenda ao projeto de Lei Complementar n. 598/18 que altera o Código de Polícia Administrativa do Município de Campo Grande/MS e dá outras providências proibindo fornecimento de canudos e copos descartáveis de material plástico comum que está em tramitação desde de 2018 .  “A poluição provocada pelo copo de plástico descartável é muito grande e prejudicial para o meio ambiente. A decomposição desse material demora de 250 a 400 anos. E pelo baixo custo desse material não é rentável para as empresas reciclarem. São necessários pelos menos 250 copos para um retorno financeiro de 20 centavos”, explica o vereador que é membro da Comissão do Meio Ambiente da Câmara de Vereadores de Campo Grande.

O parlamentar lembra ainda que Campo Grande rotineiramente vive surtos de Dengue, Zika e Chikungunya e o não uso de copos plásticos seria uma medida de profilaxia contra o mosquito Aedes aegypti. “Ao percorrer os bairros de Campo Grande sempre vejo copos de plástico descartáveis jogados no chão. Além de prejudicar o meio ambiente esses copos se tornam criatório do Aedes aegypti, além de ajudar o meio ambiente é um jeito de evitar a proliferação desse mal que afeta todos os anos a nossa cidade”, argumenta o veterinário Francisco.

Nos últimos anos o movimento em torno da conscientização do não uso ou substituição dos descartáveis plásticos atingiu proporções mundiais.  Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Tudo isso se deve em razão da poluição plástica nos lagos, rios, mares e oceanos que saiu de controle. Milhares de animais têm morrido devido à ingestão desses resíduos e até a água que ingerimos já está contaminada com micropartículas plásticas.

O plástico demora centenas de anos para se decompor na natureza. Uma garrafinha de água pode levar até 400 anos, o impacto disso na natureza é enorme, por isso, a importância de leis que incentivem as pessoas a transformarem seu modo de consumo e que estabeleçam como esta prática. Na Inglaterra, França e Costa Rica o plástico descartável já foi proibido. Ao longo de 2018, a Organização das Nações Unidas (ONU) reiterou, em diversos momentos, a importância de se diminuir a produção e a utilização de objetos de plástico em todo o mundo.

De acordo com a entidade, estima-se que a população mundial faça uso de 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas a cada ano e compre 1 milhão de garrafas plásticas por minuto.

Dados da ONU mostram que metade dos plásticos consumidos é usado apenas uma única vez, sem que se cogite seu reuso, o que contribui para que 13 milhões de toneladas de plástico invadam os oceanos, anualmente. Continuando nesse ritmo, alerta a ONU, haverá, até 2050, mais plástico nos oceanos do que peixes. Entre as recomendações relacionadas a uma rotina mais sustentável, a ONU indica a substituição de garrafas plásticas por garrafas reutilizáveis; a troca de sacolas plásticas por ecobags; o uso de canudos metálicos ou de material biodegradável; usar recipientes para embalagem de alimentos como o isopor.

 

Eduardo Penedo

Assessoria de Imprensa do Vereador