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Campo Grande passa a ter um dia para debate e conscientização sobre os problemas causados pela Sífilis

28.04.2020 · 12:00 · Vereador Fritz

Na manhã desta terça-feira (28), os vereadores da capital sul-mato-grossense aprovara, em primeira discussão, o Projeto de Lei 9.556/19, que institui o Dia Municipal de Prevenção a Sífilis e Sífilis Congênita, que será celebrado no dia 30 de outubro. A proposta é dos vereadores Enfermeiro Fritz (PSD) e Dr. Wilson Sami (MDB) e tem como objetivo ressaltar a necessidade de se discutir os mecanismos que precisam ser efetivados para diminuir e, se possível, erradicar essa doença do cotidiano dos campo-grandenses. 

O município de Campo Grande está com taxas de detecção muito superiores a média nacional, tendo em vista que no país foi notificada mais de 119 mil casos, uma taxa de 58 casos para cada 100 mil habitantes. No mesmo ano, o Mato Grosso do Sul registrou uma taxa de 111 casos para 100 mil habitantes e os números de Campo Grande são ainda maiores, chegando a 185 casos para 100 mil habitantes.

“Com a aprovação desse projeto, podemos levar mais informações para jovens e adultos sobre os problemas proporcionados pela doença”, disse o vereador Enfermeiro Fritz. 

Existem três estágios da doença, transmitida sexualmente, e em cada um deles há um sinal ou sintoma diferente, que vão desde feridas no local da entrada da bactéria, pode causar complicações mais graves, entre elas, inchaços na pele, problemas neurológicos, acidente vascular cerebral (AVC), meningite, surdez, problemas de visão, demência e até a morte.

Apesar de ser uma doença que pode ser agressiva, a Sífilis tem cura. O tratamento indicado é a penicilina benzatina (benzetacil), que poderá ser aplicada na Unidade Básica de Saúde e é, até o momento, a principal e mais eficaz forma de combater a bactéria causadora da doença.

Já quando a Sífilis acontece na gestação, é essencial que o tratamento deva ser iniciado o mais rápido possível. Com o mesmo medicamento, é possível evitar que haja uma transmissão de forma vertical, evitando que a doença seja transmitida para o feto. Apesar de ser um tratamento simples, dados apontam que 70% das gestantes não fazem o tratamento correto, levando a criança a ter graves problemas de saúde ou ainda ao aborto.

Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), houve um aumento no número de pessoas com Sífilis Congênita, entre os anos de 2018 e 2019, passando de 111 para 147 casos, respectivamente. Até o mês de março deste ano, foram detectadas 30 novas ocorrências. 

Em 2018, a taxa de detecção mais elevada em todo o país foi observada em Santa Catarina (164,1 casos/100.000 hab.) e a mais baixa em Alagoas (16,1 casos/100.000 hab.). Outros 10 estados apresentaram taxas de detecção superiores à taxa média nacional: Mato Grosso do Sul (163,0 casos/100.000 hab.), Rio Grande do Sul (134,8 casos/100.000 hab.), Espírito Santo (114,1 casos/100.000 hab.), Roraima (111,3 casos/100.000 hab.), Rio de Janeiro (90,5 casos/100.000 hab.), Paraná (87,5 casos/100.000 hab.), Tocantins (83,1 casos/100.000 hab.), São Paulo (82,1 casos/100.000 hab.), Amazonas (81,5 casos/100.000 hab.) e Pernambuco (79,6 casos/100.000 hab.).

“Precisamos realizar esse alerta porque vemos que as pessoas não estão se cuidando. É extremamente importante realizarmos atividades de conscientização para que possamos acabar com a doença. Ela está sendo negligenciada em nosso país e cada vez mais temos crianças nascendo com Sífilis”, ressaltou Fritz. 

Assessoria de Imprensa do Vereador