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Vereadores debatem ações mais drásticas para enfrentamento ao avanço do coronavírus na Capital

09.03.2021 · 12:00 · Palavra Livre

O agravamento da pandemia de Covid-19 em Campo Grande, como ocorre em várias outras cidades do País, foi tema de debate dos vereadores da Câmara Municipal, durante sessão ordinária desta terça-feira (9). Vereadores ressaltaram a necessidade de medidas mais duras, pensando em alternativas para ampliar o distanciamento e outras ações de biossegurança sem ter que adotar o lockdown, o que implicaria na interrupção total das atividades. 

Na Palavra Livre, o vereador Prof. André Luís ocupou a Tribuna para destacar a necessidade de medidas mais drásticas, ampliando as ações de fiscalização, pois a pandemia está descontrolada. Ele citou o Decreto Municipal 14.402/20 que trata das restrições às atividades econômicas e estabelece penalidades no caso de descumprimento das regras de biossegurança, como interdições de 3 dias com aposição de lacre, 7 dias na segunda ocorrência ou até cassação do alvará de funcionamento na terceira ocorrência. 

“Já passamos das medidas apenas orientativas e solicito medidas duras, como a situação crítica que estamos enfrentando, que se assemelha a uma situação de guerra. É como se cinco aviões caíssem no Brasil por dia. Não podemos nos acostumar com isso”, disse. Ele sugeriu que a Comissão de Saúde tenha reuniões periódicas para instruir os vereadores e apoiar o Executivo nas medidas mais duras e necessárias. 

Dentre as sugestões, ele citou a possibilidade de transformar algum hospital ou unidade em centro de atendimento à Covid. Outro debate é em relação ao horário de funcionamento do comércio, que poderia ser ampliado, das 5h às 22h, com revezamento no horário de trabalho dos atendentes. Ele citou, porém, que todas as propostas precisam ser melhor debatidas. “O ideal é o isolamento, que nem sempre se casa com o possível. Temos que tentar fazer diferente, com responsabilidade”, citou.  

Outra preocupação é com o transporte coletivo urbano. O vereador Prof. André Luís defende limitação no número de passageiros em cada veículo e ampliação na quantidade de ônibus. O vereador Ayrton Araujo, no aparte à Palavra Livre, também avalia o transporte coletivo como um dos problemas mais críticos relacionados à contenção da pandemia. 

“Hoje recebi áudio de cidadã que fala do transporte coletivo, da lotação acontecendo na hora do pico, cedo e no fim da tarde. O Poder Executivo esteve sempre preocupado com o bem estar dos trabalhadores, das pessoas. Lockdown é uma medida extrema, esmagadora para trabalhador e empregador, mas tem alternativa para dividir horários. O transporte coletivo é hoje o maior problema que estamos vivendo, acho válido buscarmos solução para os trabalhadores terem mais segurança”, disse o vereador Ayrton Araujo. 

Também no aparte, o vereador Dr. Victor Rocha também falou do momento crítico da pandemia, ressaltando que o prefeito tem adotado medidas emergenciais para ampliação de leitos. “Sabemos que a medida mais efetiva é a vacinação, mas, neste momento, onde temos número de pacientes acima da taxa de ocupação de leitos de Covid, precisamos ampliar. Tivemos a ampliação de mais 19 leitos, mas vamos precisar de mais”, afirmou. 

Ainda hoje, em entrevista, o vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, presidente da Casa de Leis, anunciou que a Câmara Municipal vai retomar medidas de restrição de acesso ao público nas dependências do prédio, como medida preventiva diante do aumento de casos de coronavírus. Ainda, devem ser retomadas as lives semanais com orientações à população e votado projeto autorizativo para que medidas urgentes sejam adotadas para ampliar exames e número de leitos. (leia mais sobre essas medidas clicando aqui)

Milena Crestani 

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal