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Vereadores registram falta de internet e sinal de celular como principais problemas do Distrito de Aguão

22.06.2016 · 12:00 · Sessão Comunitária

A falta de comunicação, com sinal de celular fraco e/ou ausente e internet à rádio lenta e fora do ar, foram as principais reclamações apresentadas por moradores e profissionais que atuam no Distrito de Aguão, onde foi realizada, na manhã desta quarta-feira (22) a 11ª atividade da Câmara Comunitária promovida pela Câmara Municipal de Campo Grande.

 

Os vereadores se deslocaram ao Distrito, distante 35 km de Campo Grande, na MS-080, e fiscalizaram as condições da Escola Municipal "Orlandina Oliveira Lima" e da UBS (Unidade Básica de Saúde) "Manoel Cordeiro".

 

O principal problema enfrentando na comunidade é a falta de comunicação, já que a internet via rádio está com problemas, devido às fortes chuvas e raios que atingiram a região e deixaram o local sem internet há muitos dias. "O sinal de celular só pega se chegar bem perto da rodovia", denunciaram os moradores e funcionários.

 

Segundo o vereador Ayrton Araújo do PT, "o problema maior aqui é a comunicação, a internet lenta, que não tem todo dia. Isso atrapalha o trabalho de todos. No posto, os profissionais ficam sem poder pegar e lançar os dados dos pacientes, devido ao problema na internet, e o trabalho ficam dias atrasado. Vamos analisar a possibilidade de se instalar uma nova antena para melhorar a recepção do sinal e facilitar a vida do usuário", afirmou.

 

A escola municipal atende em média 200 crianças da área rural, que cursam do 1° ao 9° ano. Durante a visita, os vereadores ficaram satisfeitos com as condições da escola, que possuía merenda e despensa cheia de alimentos, com verduras que são colhidas da horta, cuidada pelos próprios alunos.

 

Algumas das reivindicações colhidas pelos vereadores foi a cobertura da quadra de esportes e construção de uma quadra de vôlei de areia, já que os alunos têm que praticar esportes na quadra sob o sol forte e a quadra de vôlei fica num local de chão batido.

 

No Posto de Saúde, os parlamentares encontraram vacinas e remédios básicos, mas o médico que atende no local deveria trabalhar 40 horas semanais, mas atende apenas durante 20 horas por semana. Dentre as principais solicitações apresentadas está a pintura da unidade de saúde, uma ambulância para atender e socorrer os pacientes da área rural, além do aumento no número de agentes de saúde, já que na região existem oito áreas para serem atendidas por apenas dois agentes.

 

Assentamento Conquista

 

Os vereadores visitaram também o Assentamento Conquista, que abriga 67 famílias, que vivem da agricultura familiar, com produção de leite, milho, verduras e demais produtos agrícolas. O principal problema enfrentando pelos assentados é a má conservação da estrada vicinal, que necessita de cascalhamento e patrolamento, devido aos buracos, erosões e atolamentos em dias de chuva, que atrapalham o escoamento e a venda dos produtos produzidos pelos assentados.

 

De acordo com o produtor rural, Gil Márcio Ferreira de Arantes "a nossa principal reivindicação hoje é arrumar a estrada, se isso fosse feito, grande parte dos nossos problemas estariam resolvidos. Os ônibus que andam aqui vivem quebrando, escoar a produção fica muito difícil e encarece o produto. O ideal era cascalhar os 40 km de estrada vicinal que atende as chácaras do assentamento Conquista e do Assentamento Sucuri, que possui mais 100 famílias. Também precisamos de uma torre de celular aqui, porque não temos comunicação aqui. O celular raramente pega. O assentamento é o ponto mais alto dessa região, então poderia muito bem colocar uma torre aqui", disse.

 

A assentada Zulei Rosa Cavalcante, mora no Assentamento desde sua criação há 16 anos e afirmou que a escola municipal construída no local foi fechada há quase 10 anos, por falta de alunos, porque só atendia crianças do 1º ao 4º ano. "Aqui não tem mais crianças nessa idade, mas tem crianças mais velhas, que precisam estudar numa escola mais perto, então poderiam reabrir a escola com séries mais adiantadas ou até segundo grau. Temos também uma médica que vem aqui a cada 30 dias atender os assentados, mas é um período muito longo de espera", afirmou.

 

Todas as reivindicações apresentadas durante a Comunitária serão transformadas em Indicações, as quais serão encaminhadas à Prefeitura para que sejam atendidas.

 

Paulline Carrilho

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal